por Denny Queiroga
Quando fui admitido pela MercadoCom como estagiário em 2002, confesso que não tinha uma idéia muito clara sobre o que fazia, de fato, um assessor de imprensa. Se, naquela época, aos 20 anos de idade, me dissessem que eu iria passar pelas situações por que passo hoje na profissão, eu demoraria a acreditar.
Se você é uma dessas pessoas que pensa – como eu pensava, aliás – que o assessor de imprensa é apenas a ponte entre os veículos de comunicação e o cliente, está na hora de rever seus conceitos1. O profissional de hoje joga nas onze. Eu sei que parece discurso sobre globalização, mas a verdade é essa mesma. Como responsável pelo Núcleo de Gastronomia da empresa, eu recebo salário como assessor de imprensa, mas ataco de fotógrafo, publicitário, diagramador, vendedor, produtor de matérias e, se precisar, até de chef de cozinha.
Lembro-me que, logo no início da carreira, um famoso jornal impresso do Rio de Janeiro fazia uma matéria sobre novidades com morangos. Na ocasião, infelizmente, um dos restaurantes que eu atendia servia uma sobremesa muito simples preparada com creme de leite, leite condensado e morango batido no liquidificador.
Eu sabia que dificilmente conseguiria um espaço para essa receita justamente pela simplicidade da coisa. No auge da minha ansiedade capitalista, porém, recebi a ajuda do padroeiro de todo o assessor de imprensa: o “Santo Deadline”. Para quem não sabe, deadline2 é o tempo limite, o prazo final para resolver alguma pendência e, nesse caso, falar com o repórter. Coincidentemente, as melhores idéias surgem justamente nessa hora.
Depois de algumas consultas à internet, a um livro de gastronomia e uma pequena mudança na receita, meu release ficou mais ou menos assim: o restaurante passa a servir uma sobremesa com inspiração italiana. O Spumone di fragoli é preparado à base de morangos batidos e um segredo que o chef não revela. A repórter gostou e a matéria foi publicada, deixando meu cliente satisfeito e eu ainda mais. Missão cumprida e bola pra frente!
1parece slogan de comercial de carro, mas está valendo.
2termo em língua inglesa que significa literalmente linha de morte ou fim da linha.
Quando fui admitido pela MercadoCom como estagiário em 2002, confesso que não tinha uma idéia muito clara sobre o que fazia, de fato, um assessor de imprensa. Se, naquela época, aos 20 anos de idade, me dissessem que eu iria passar pelas situações por que passo hoje na profissão, eu demoraria a acreditar.
Se você é uma dessas pessoas que pensa – como eu pensava, aliás – que o assessor de imprensa é apenas a ponte entre os veículos de comunicação e o cliente, está na hora de rever seus conceitos1. O profissional de hoje joga nas onze. Eu sei que parece discurso sobre globalização, mas a verdade é essa mesma. Como responsável pelo Núcleo de Gastronomia da empresa, eu recebo salário como assessor de imprensa, mas ataco de fotógrafo, publicitário, diagramador, vendedor, produtor de matérias e, se precisar, até de chef de cozinha.
Lembro-me que, logo no início da carreira, um famoso jornal impresso do Rio de Janeiro fazia uma matéria sobre novidades com morangos. Na ocasião, infelizmente, um dos restaurantes que eu atendia servia uma sobremesa muito simples preparada com creme de leite, leite condensado e morango batido no liquidificador.
Eu sabia que dificilmente conseguiria um espaço para essa receita justamente pela simplicidade da coisa. No auge da minha ansiedade capitalista, porém, recebi a ajuda do padroeiro de todo o assessor de imprensa: o “Santo Deadline”. Para quem não sabe, deadline2 é o tempo limite, o prazo final para resolver alguma pendência e, nesse caso, falar com o repórter. Coincidentemente, as melhores idéias surgem justamente nessa hora.
Depois de algumas consultas à internet, a um livro de gastronomia e uma pequena mudança na receita, meu release ficou mais ou menos assim: o restaurante passa a servir uma sobremesa com inspiração italiana. O Spumone di fragoli é preparado à base de morangos batidos e um segredo que o chef não revela. A repórter gostou e a matéria foi publicada, deixando meu cliente satisfeito e eu ainda mais. Missão cumprida e bola pra frente!
1parece slogan de comercial de carro, mas está valendo.
2termo em língua inglesa que significa literalmente linha de morte ou fim da linha.
Denny Queiroga é bacharel em jornalismo pela Universidade Estácio de Sá e possui curso técnico em Propaganda e Marketing. Já atuou como repórter de tevê e, em assessoria de imprensa desde o ano de 2002, esteve à frente de grandes redes em diversos nichos, como gastronomia, economia, negócios, saúde e estética. Atualmente, é assessor de imprensa do núcleo gastronômico da MercadoCom e cuida de diversas contas tais como a rede Viena de restaurantes e o Origami, no Shopping da Gávea.
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