terça-feira, 31 de maio de 2011

Divagações sobre hipocrisias republicanas


Por Rufino Carmona

Eu não fui um cara pintada e me orgulho disso. Aqueles jovens, liderados pelo atual senador Lindbergh Farias (PT-RJ), nem sabiam por qual razão pintavam seus rostos. Em sua maioria, compareciam àqueles movimentos pelo afastamento do ex-presidente Fernando Collor para “matar aula” e fazer farra. Posso contar nos dedos os que tinham real conhecimento da cena política da época.

Mas, apesar de não ter sido um cara pintada, eu apoiei o afastamento de Collor. Eu e a maioria do povo brasileiro. Disso, não me arrependo. Mas não tenho tanto orgulho assim.

Fernando Collor mereceu certamente aquele desfecho. Mas e os seus sucessores também não mereceram? A diferença entre o primeiro, que foi escrachado, e os outros dois que vieram adiante – desconsidero o período Itamar – chamava-se base parlamentar. Collor tentou governar sem a “famigerada”. E deu no que deu.


Eu poderia citar vários casos no governo de Fernando Henrique que mereceriam, no mínimo, uma CPI. Mas sua base embarreirava sempre, com a ajuda do então ministro das Comunicações, Sérgio Motta, o saudoso Serjão. No governo do ex-presidente Lula então o que dizer do escândalo do Mensalão? Acho que só a minha tia, que acredita em todas as minhas mentiras, acreditou também que Lula não sabia de nada. Ele também foi salvo por sua base. Mesmo o povo, que tanto o idolatra, não teria salvado o ex-operário.



Pois bem, ontem foi reinaugurada a Galeria do Senado. E, no Túnel do Tempo, retiraram o impeachment de Collor. Todos ficaram assombrados. Realmente é um fato estranho. É impossível esquecermos o passado. E não vai ser uma ação como essa que vai apagar esse fato dos livros de história.

Mas, cá entre nós, Collor foi tão mais merecedor do afastamento da presidência do que seus sucessores?

Nomangue na mídia



segunda-feira, 30 de maio de 2011

O Brasil respira moda


Por Ribamar Filho

As semanas de moda brasileiras já fazem parte do calendário mundial. Podem não fazer frente às de Nova Iorque e de Milão. Mas já figuram entre as mais importantes do mundo. Nomes como Alexandre Herchcovitch e Giulia Borges e marcas como Salinas, Rosa Chá e Lenny são somente alguns dos ingredientes que nos esperam no Fashion Rio, que começa hoje. Então, todos para o Rio de Janeiro, que, até 4 de junho, vai ser a capital da moda no nosso país.


E depois do Rio vai ser a vez de São Paulo se tornar capital. A partir do dia 13 de junho, mais uma edição da São Paulo Fashion Week (SPFW), que já se consolidou como uma das semanas de moda mais esperadas do mundo. Sempre com grandes surpresas para o “fashion world tupiniquim”.

E para quem não pode perder nenhuma novidade, vale um clique no site oficial das duas feiras: http://www.ffw.com.br/


Mas para terminar a postagem, cabe um registro importante: não podemos esquecer de outros pólos de grande força na moda nacional, como o Espírito Santo e as Minas Gerais, é claro. E que semana de moda tivemos no Nordeste, a "Dragão Fashion". Foi um arraso!

Sistema Elite de Ensino na mídia




sexta-feira, 27 de maio de 2011

Nos braços do Cristo

Foto: Rodrigo Shampoo


"Cristo Redentor

Braços abertos sobre a Guanabara"

Tom Jobim, em Samba do Avião


Você sabia que muitos cariocas da gema nunca foram ao Cristo Redentor? Pois é. Inaugurado em 12 de outubro de 1931, o monumento levou cerca de cinco anos para ser construído e é um dos principais pontos turísticos do Brasil.

Mas ao contrário do que muitos pensam, não foi um presente da França. A obra foi concebida no Brasil a partir de doações de paróquias e arquidioceses de todo o país. Do país europeu, vieram apenas uma réplica de quatro metros e o modelo das mãos feito pelo escultor Paul Landowski.


Em 2007, por meio de um concurso que contou com mais de 100 milhões de votos - via internet e telefone -, o Cristo Redentor foi eleito uma das sete maravilhas do mundo moderno.

Então o que você, carioca ou turista, está esperando? Vá lá nesse final de semana. Uma boa opção de acesso é o trem do Corcovado. Até chegar aos braços do Cristo, você vai ser presenteado com as belezas naturais da maior floresta urbana do mundo, a Floresta da Tijuca.

Vai ser tudo de bom!


Endereço: Parque Nacional da Tijuca
Acesso: Estrada de Ferro Corcovado - Rua Cosme Velho, 513
Mais informações: http://www.corcovado.com.br/


Patrícia Vergara no portal da revista Manequim

quinta-feira, 26 de maio de 2011

Dilma "precisou" fazer sua Escolha de Sofia

Dilma e seu ministro preferido

Por Carlos Pinho

O que o suposto enriquecimento ilícito do ministro chefe da Casa Civil, Antônio Palocci, o código florestal e o kit anti-homofobia têm em comum?

Bem, na verdade, nada. Mas como no “toma lá, dá cá” dos corredores políticos saem as mais surpreendentes negociatas, esses três assuntos tão polêmicos - mas tão distintos - se encontraram na calada da noite.

O combate à homofobia tem sido fruto de muito debate. A bancada LGBT (lésbicas, gays, bissexuais, travestis, transexuais e trangêneros) no Congresso, liderada pelo deputado federal, Jean Wyllys (PSol-RJ), encontra muita resistência para avançar nas suas propostas. Nas últimas semanas, assistimos, várias vezes, ao deputado federal, Jair Bolsonaro (PP-RJ), homofóbico assumido, esbravejando pelos corredores do Congresso contra os homossexuais.

Elaborado pelo Ministério da Educação, um dos focos da crítica de Bolsonaro é a cartilha anti-homofobia, chamada por ele de “kit-gay”. Essa cartilha, que está na pauta de discussão no parlamento, seria distribuída nas escolas com o objetivo de estimular os jovens do ensino médio ao debate com relação à diversidade sexual e ao enfrentamento do preconceito. Esse material começaria a circular no segundo semestre desse ano.

Disse começaria, porque o próprio governo da presidenta, Dilma Rousseff, vetou o projeto, alegando que o material faria “propaganda de opção sexual”. Mas tem muito caroço debaixo desse angu. É aí que entram os casos de Palocci e do código florestal.

As acusações sobre o aumento do patrimônio de Antônio Palocci deu força à oposição, que busca, de todas as formas, levá-lo a prestar depoimento. A presidenta, temerosa, iniciou um processo de, digamos, “troca de favores”, a fim de blindar seu ministro de luz mais reluzente, peça-chave de seu governo.

Dilma diz não aos desmatadores

Dentro dessa disputa de interesses, parlamentares ligados aos ruralistas propuseram um acordo com o Executivo: a “anistia” ao ministro pela anistia aos desmatadores. Dilma rejeitou essa hipótese de modo resignado.

Sobrou então para a cartilha anti-homofobia, que sucumbiu diante da barganha entre o governo e a bancada evangélica na corrida desenfreada de novamente varrer a podridão para debaixo do tapete e diante dos olhos míopes do povo brasileiro.

Dessa vez, Dilma não foi tão resignada assim. Vitória da intolerância. Mas também do ministro. E segue a história!

Mas também diz não à cartilha anti-homofobia

Clientes da MercadoCom na Veja dessa semana



quarta-feira, 25 de maio de 2011

Filme sobre a morte de Bin Laden


Passados pouco mais de 20 dias da morte do terrorista Osama Bin Laden, um filme retratando seu dia derradeiro já tem previsão de estreia: o segundo trimestre de 2012. A produção (que ainda não tem título definido) vai contar com a direção de Kathrym Bigelow, vencedora do Oscar em 2010, por “Estado de Guerra”. O roteiro ficará a cargo de Mark Boal.

Notabilizada por utilizar a sua experiência como jornalista investigativa mesclando traços documentaristas na elaboração de suas tramas, Bigelow fez história na premiação do Oscar, como a primeira mulher a vencer a categoria direção.

O roteiro dessa nova produção já vinha sendo elaborado antes mesmo da morte do líder da AlQaeda, mas teve de ser refeito por conta desse acontecimento histórico. Para a construção do tema, Kathrym e Boal acompanharam de perto uma equipe de operações especiais dos Estados Unidos, exatamente a que foi responsável pela execução de Bin Laden, a Navy Seals.

A Sony detém os direitos de distribuição do longa, que promete ser o grande sucesso de bilheteria do próximo ano. Amy Pascal, vice-presidente da multinacional, está otimista com o novo projeto cinematográfico: “Com a morte de Osama Bin Laden, este filme não podia ser mais relevante”, ressalta.

BarraPoint na mídia



terça-feira, 24 de maio de 2011

O samba, segundo Cyro Monteiro


Por Carlos Pinho

Cyro Monteiro nasceu no bairro do Rocha, zona norte do Rio de Janeiro, em 28 de maio de 1913. Sobrinho de pianista, desde cedo já sabia que seu destino seria a música. Numa das muitas reuniões musicais em que participou na casa do tio, Ciro chamou a atenção de Sílvio Caldas, um dos cantores de maior sucesso na época e que acabou sendo o responsável pelo seu lançamento. Em 1938, emplacou o primeiro sucesso: Se Acaso Você Chegasse, de Lupcínio Rodrigues.  


Mestre do samba sincopado, gênero marcado pelo ritmo quebrado, gingado e pelo fraseado sinuoso, Cyro Monteiro foi a personificação plena do jeito carioca de ser. Com um estilo único de cantar e de batucar na caixinha de fósforo, ficou conhecido como “o cantor das mil e uma fãs”. Pelos amigos, era chamado de “Formigão”.

Em 1956, se aventurou na carreira de ator ao participar da peça “Orfeu da Conceição”, de Vinícius de Moraes. Uma história que ficou muito conhecida e que virou música ("Ilmo. Sr. Cyro Monteiro" ou "Receita para virar casaca de neném", que envolve o cantor Chico Buarque, sua filha, Sílvia Buarque e uma camisa rubro negra). O próprio Cyro conta o “causo”, em entrevista de 1972, sentado à mesa com Sérgio Cabral, Elke Maravilha, Lúcio Alves e Carminha Mascarenhas:


Flamenguista e mangueirense, o carismático cantor tinha grande capacidade em fazer amigos, como relata Vinícius de Moraes na contracapa do álbum Senhor Samba, de 1961: "Uma criatura de qualidades tão raras que eu acho deplorável qualquer de seus amigos não se haver dito, num dia de humildade, que gostaria de ser Cyro Monteiro. Pois Cyro, para lá do cantor e do homem excepcional, é um grande abraço em toda a humanidade”.

Ciro morreu em 13 de julho de 1973, aos 60 anos.

Debby Lagranha na mídia




segunda-feira, 23 de maio de 2011

Homenagem à pizza


Por Rodrigo Shampoo

Sinto no ar um aroma!
É o forno à lenha que está na ativa
Causando-me uma revolução olfativa
Que desperta minha fome.
O perfume é inebriante,
Embriagante e extasiante.
Existem várias formas de pôr um fim a estes desejos,
Uma delas é devorar a pizza quatro queijos.
Vou ao restaurante Mr. Lenha
E lá está ela,
A tradicional pizza de mozarela.
Uma mistura mágica e insana
São os ingredientes
Que completam a pizza napolitana.
As rodelas de tomate
Dão à redonda muita beleza,
Somente comparada à pizza de calabresa.
A variedade no cardápio
Só piora a incerteza.
Estou de olho grande na pizza portuguesa.
Vou sortear o sabor,
Pois a dúvida me deixa numa sensação aflita.
Como eu amo a pizza Marguerita!
Para finalizar esta poesia
Eu só tenho uma certeza:
Vou comer uma pizza doce como sobremesa!

Casa da Empada no Globo Zona Norte


sábado, 21 de maio de 2011

Usos e abusos da energia nuclear na telona

 
Por Tiberius Drumond

O 1º Festival Internacional de Filme sobre Energia Nuclear na América Latina, o Urânio em Movi(e)mento, começa hoje e vai até dia 28 de maio. O evento é anual e foi criado com o intuito de chamar a atenção para os riscos do uso da energia nuclear. Os filmes vão concorrer a prêmios em duas categorias: Melhor Curta-metragem  (15 a 40 min) e Melhor Longa-Metragem  (41 a 120 min). O Júri será composto por profissionais do cinema, jornalistas e especialistas e ativistas internacionais sobre urânio e energia nuclear. Os vencedores vão ser selecionados durante o festival e anunciados na cerimônia de premiação. O prêmio, em todas as categorias, será uma obra do artista plástico carioca Rubens Maia.

Paralelamente ao festival, vão acontecer debates e palestras sobre Energia Nuclear com especialistas e ativistas nacionais e internacionais do movimento contra mineração de urânio, além de pessoas afetadas pela mineração ou por outras instalações do ciclo nuclear. Também fazem parte da programação uma exposição nuclear no Centro Cultural Parque das Ruínas, em Santa Teresa, com cartazes dos movimentos sociais no mundo sobre Energia Nuclear, abrangendo o período de 1970 a 2010 e  uma exposição com fotos do maior acidente radioativo em área urbana do mundo, em Goiânia no ano de 1987.

A partir do festival, será criado o Arquivo Amarelo - primeira cinemateca sobre energia nuclear com filmes legendados em português, disponível para escolas, universidades e interessados em geral, sem fins lucrativos. O Festival vai acontecer no Rio de Janeiro, no Centro Cultural Parque das Ruínas, e no Centro Cultural Laurinda Santos Lobo, em Santa Teresa. Em São Paulo, será de 2 a 9 de junho no Centro Cultural Matilha.

Informações sobre o festival:

sexta-feira, 20 de maio de 2011

Margutta no jornal O Globo

Museu do Telefone


O Museu do Telefone foi inaugurado em 1981 com o objetivo de resgatar e preservar a história da telefonia no Brasil. Funciona num prédio construído em 1918 para abrigar a Estação Telefônica Beira - Mar, uma das primeiras do Rio.

O acervo conta com equipamentos antigos e modernos, documentos históricos e audiovisuais, proporcionando ao visitante um mergulho no passado, conhecendo as transformações desse meio de comunicação no país. Entre as peças destacam-se a réplica do telefone usado pelo Imperador D. Pedro II e o telefone que pertenceu ao Presidente Getúlio Vargas.

O museu é totalmente acessível. Além de disponibilizar atendimento em áudio e vídeo a deficientes visuais, o espaço também é adaptado para circulação de cadeiras de rodas. E para atender aos deficientes auditivos, a casa ainda possui um livro com todo o conteúdo dos vídeos.

Endereço: Rua Dois de Dezembro, 63, Flamengo. Telefone: 3131.3060.
Visitação: De terça a domingo, das 11h às 17h. Entrada franca.

quarta-feira, 18 de maio de 2011

Paul


Por Carlos Pinho 

Com shows marcados para os dias 22 e 23 de maio no Rio de Janeiro, Paul McCartney já mobiliza os amantes do Rock e admiradores da boa música. Como um camaleão, Sir James Paul McCartney migrou por várias tendências e estilos, sem perder sua essência musical.

O beatle Paul


Na “beatlemania”, que dominou todo o planeta, dividiu os holofotes com John Lennon desde a fase dos cabelinhos comportados, mergulhando na moda hippie e na psicodelia do Yellow Submarine.


McCartney pós-Beatles


Após o polêmico fim dos Beatles, Paul lançou em 1971 o compacto Another Day, um grande sucesso. No mesmo ano, com sua venerada, Linda, o álbum Ram. Mas como Lennon, também foi criticado por conta de uma suposta falta de talento da parceira. Só que Ram é considerado, por muitos, como o melhor álbum de sua carreira solo.


Anos 80: Duetos e parceria com o Rei do Pop


Na década de 1980, Paul formou duetos com notáveis nomes da música, como Stevie Wonder, David Gilmour (Pink Floyd), Carl Perkins e Elvis Costello. E com o Rei do Pop, Michael Jackson, nasceu a grande parceria dessa fase. Mas a separação foi para lá de conturbada. 


Michael arrematou, num leilão, os direitos sobre as músicas dos Beatles, incluindo canções do próprio Paul. Esse fato causou um nítido incômodo no músico britânico e estremeceu a relação entre os dois. Tanto que, numa entrevista de 2008, não escondeu de ninguém a insatisfação por ser obrigado a pagar para cantar suas próprias canções.


Paul e o Brasil


Em 1989, no álbum Flowers in the Dirt, a faixa How Many People presta uma homenagem ao líder seringueiro Chico Mendes, morto em 1988. A história das apresentações em solo brasileiro começou em abril de 1990, com apresentações nos dias 20 e 21 de abril no Maracanã. Apesar da forte chuva no primeiro dia, o show contou com nada menos que 140 mil espectadores. Mas, no dia seguinte, o tempo chuvoso deu lugar a um céu limpo e estrelado, e o artista bateu o recorde de público num espetáculo de um artista solo, com 184 mil pessoas.


Em 1993, durante a turnê Paul is Live, McCartney esteve em São Paulo e Curitiba. Em novembro de 2010, veio ao Brasil pela terceira vez, para se apresentar no Gigante da Beira-Rio, em Porto Alegre, e duas vezes no Morumbi, em São Paulo. Sobre a sua passagem no Morumbi, Paul revelou: "Eu acho que o primeiro show em São Paulo, para 65 mil pessoas, foi incrível. Os brasileiros amam minha música, então nós amamos tocar para eles e foi uma apresentação fora de série. Foi um dos melhores shows de todos os tempos. Foi brilhante".


Pois bem, no domingo e na segunda serão escritas novas páginas na trajetória de Paul McCartney no Brasil. O palco do espetáculo é novo, o Engenhão, que com as obras no Maracanã, passou a ser o principal estádio do Rio de Janeiro. Tudo bem que não vai dar para repetir os públicos anteriores. Mas isso é o de menos. O que importa mesmo é termos Paul mais uma vez no Brasil! 

Clubinho de Ofertas no jornal O Globo

terça-feira, 17 de maio de 2011

O beijo da revolução

Reprodução da cena do beijo gay de Amor e Revolução do SBT
Por Ribamar Filho

O primeiro beijo gay da teledramaturgia brasileira, exibido na novela Amor e Revolução, do SBT, na semana passada, foi literalmente uma revolução. A cena vai repercutir por muitos anos, mesmo quando o beijo gay for corriqueiro nas telinhas do país. Gol de placa do dono do Baú, sempre na vanguarda. Globo e Record marcaram passo.

Em tevês de países como os Estados Unidos, Canadá, México e em todo o continente europeu, o tema, há muito, já é tratado de forma tão natural que vem derrotando de goleada o preconceito.

Mas, aqui no Brasil, há tempos a cena era só ensaiada. Autores como Aguinaldo Silva, Gloria Perez e Manoel Carlos tentaram, de todo jeito, emplacar o tal beijo. Mas, na hora H, a tesoura da censura entrava em cena e ..... barrava a cena.

Em América, de Gloria Perez, o beijo chegou a ser gravado, mas foi vetado na edição final. Nas novelas Senhora do Destino e Mulheres Apaixonadas, de Aguinaldo Silva e de Manoel Carlos respectivamente, houve até estalinho. Mas ficou por aí.

E eis que, sem tanto estradalhaço, as atrizes Luciana Vendramini e Gisele Tigre marcaram época na trama de Tiago Santiago. Nunca mais a teledramaturgia brasileira será a mesma. O beijo gay da trama do SBT é somente a ponta do iceberg. A tendência é que, daqui em diante, o tema seja tratado com menos pavor. Coitados dos armários.

Vale a pena ver de novo? Claro que vale!

Margutta na Veja Rio

segunda-feira, 16 de maio de 2011

Oposição deixa 43,95% dos brasileiros órfãos

 
Por Rufino Carmona

As suspeitas levantadas pela midia sobre um possível enriquecimento ilícito do chefe da Casa Civil, Antônio Palocci, fizeram os partidos de oposição ao governo Dilma acordarem de um longo período de hibernação. PSDB, DEM e PPS pareciam nocauteados até sexta-feira passada.



Mas você já notou que o bloco oposicionista só bate bumbo quando são publicadas matérias em jornais e revistas com acusações contra algum membro do governo? Fazer oposição assim é fácil. Mas de tão fácil que é, carece de conteúdo, de uma alternativa real de poder.

 
Vamos supor que tudo fique esclarecido durante a semana e que Palocci consiga comprovar que é inocente. O circo da oposição se desmancha como um castelo de areia e as rixas internas ganham força, minando o que resta desses partidos. Veja o caso do PSDB, eternamente dividido entre Serra e Aécio. Sobre o DEM, nem sei se cabe falar. Seu destino é se fundir mesmo com os tucanos depois das eleições municipais. E sobre o PPS, bem, sobre o PPS não vou falar nada mesmo.


Triste destino dos quase 44% dos brasileiros, 43,95% para ser mais exato, que votaram em José Serra no ano passado. Não vislumbram qualquer possibilidade de as mudanças de que reclamaram nas urnas acontecerem.

Já passou da hora de a oposição construir uma alternativa para o Brasil e ter mais respeito com quase metade do eleitorado que confiou em suas propostas.



Um país só pode dar certo com uma oposição forte.

Acorda, Brasil!