Por Carlos Pinho
Com shows marcados para os dias 22 e 23 de maio no Rio de Janeiro, Paul McCartney já mobiliza os amantes do Rock e admiradores da boa música. Como um camaleão, Sir James Paul McCartney migrou por várias tendências e estilos, sem perder sua essência musical.
O beatle Paul
Na “beatlemania”, que dominou todo o planeta, dividiu os holofotes com John Lennon desde a fase dos cabelinhos comportados, mergulhando na moda hippie e na psicodelia do Yellow Submarine.
McCartney pós-Beatles
Após o polêmico fim dos Beatles, Paul lançou em 1971 o compacto Another Day, um grande sucesso. No mesmo ano, com sua venerada, Linda, o álbum Ram. Mas como Lennon, também foi criticado por conta de uma suposta falta de talento da parceira. Só que Ram é considerado, por muitos, como o melhor álbum de sua carreira solo.
Anos 80: Duetos e parceria com o Rei do Pop
Na década de 1980, Paul formou duetos com notáveis nomes da música, como Stevie Wonder, David Gilmour (Pink Floyd), Carl Perkins e Elvis Costello. E com o Rei do Pop, Michael Jackson, nasceu a grande parceria dessa fase. Mas a separação foi para lá de conturbada.
Michael arrematou, num leilão, os direitos sobre as músicas dos Beatles, incluindo canções do próprio Paul. Esse fato causou um nítido incômodo no músico britânico e estremeceu a relação entre os dois. Tanto que, numa entrevista de 2008, não escondeu de ninguém a insatisfação por ser obrigado a pagar para cantar suas próprias canções.
Paul e o Brasil
Em 1989, no álbum Flowers in the Dirt, a faixa How Many People presta uma homenagem ao líder seringueiro Chico Mendes, morto em 1988. A história das apresentações em solo brasileiro começou em abril de 1990, com apresentações nos dias 20 e 21 de abril no Maracanã. Apesar da forte chuva no primeiro dia, o show contou com nada menos que 140 mil espectadores. Mas, no dia seguinte, o tempo chuvoso deu lugar a um céu limpo e estrelado, e o artista bateu o recorde de público num espetáculo de um artista solo, com 184 mil pessoas.
Em 1993, durante a turnê Paul is Live, McCartney esteve em São Paulo e Curitiba. Em novembro de 2010, veio ao Brasil pela terceira vez, para se apresentar no Gigante da Beira-Rio, em Porto Alegre, e duas vezes no Morumbi, em São Paulo. Sobre a sua passagem no Morumbi, Paul revelou: "Eu acho que o primeiro show em São Paulo, para 65 mil pessoas, foi incrível. Os brasileiros amam minha música, então nós amamos tocar para eles e foi uma apresentação fora de série. Foi um dos melhores shows de todos os tempos. Foi brilhante".
Pois bem, no domingo e na segunda serão escritas novas páginas na trajetória de Paul McCartney no Brasil. O palco do espetáculo é novo, o Engenhão, que com as obras no Maracanã, passou a ser o principal estádio do Rio de Janeiro. Tudo bem que não vai dar para repetir os públicos anteriores. Mas isso é o de menos. O que importa mesmo é termos Paul mais uma vez no Brasil!
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