Por Tiberius Drumond
Organizado pela Associação Nacional de Biossegurança (ANBio), o VII Congresso Brasileiro de Biossegurança reúne, até a próxima sexta-feira, cientistas de todo o mundo na Universidade de Joinville (UNIVILLE), em Santa Catarina. O ciclo de debates discute os riscos ambientais diante dos avanços tecnológicos, a biologia sintética na agricultura, a ética, a divulgação científica, os desafios de manejo e riscos em laboratórios de pesquisa e a regulamentação do setor.
Juntamente ao congresso, acontece a Primeira Conferência Internacional para América Latina e Caribe de Biosseguridade e Biossegurança e a Exposição Internacional de Dispositivos e Equipamentos de Biossegurança.
O encontro científico também tem como proposta preparar o país para a Copa do Mundo de 2014 e as Olimpíadas de 2016. “Depois do 11 de setembro, as ameaças biológicas têm sido motivo de preocupação em praticamente todo o mundo. E esses eventos vão reunir países que convivem diretamente com ameaças terroristas”, ressalta a Dra. Leila Macedo, presidente da ANBio.
Dra. Leila Macedo, presidente da ANBio
O congresso ainda aborda o desenvolvimento da biologia sintética. Entre os palestrantes convidados, está o Dr. Andrew Hessel, co-fundador da primeira empresa de biotecnologia cooperativa do mundo, a “The Pink Army Cooperative”. A corporação desenvolve sistemas capazes de produzir medicamentos específicos para cada indivíduo. Os trabalhos de Hessel vão revolucionar o futuro da indústria farmacêutica e possibilitarão novas perspectivas para os profissionais do segmento.
Símbolo da Biossegurança
Outro ponto alto é a participação do Dr. Francisco Aragão, pesquisador da Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária). Aragão vai falar sobre o desenvolvimento do feijão resistente às pragas e aos danos causados pela seca, projeto pioneiro no Brasil. Ele vai abordar também a biossegurança e as vantagens para o pequeno agricultor.
Já com enfoque em biosseguridade, o especialista na construção e gestão de laboratórios de segurança máxima no mundo, Dr. Paul Langevin, vai apresentar as novas regras internacionais para a segurança de laboratórios de pesquisa. “Diferentemente do conceito de Biossegurança, o objetivo da Biosseguridade é minimizar o risco do uso indevido de materiais biológicos existentes nos laboratórios e em pesquisas”, explica Dra. Leila.
Para a presidente da ANBio, o congresso estabelece um importante intercâmbio cultural e científico entre estudantes, profissionais e pesquisadores do Brasil e de países onde pesquisas de ponta em biossegurança e biosseguridade estão em andamento. A programação do encontro ainda inclui palestras, mesas-redondas e minicursos.
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