terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

Samba, de todos os cantos, obrigado por enxugar meu pranto


Por Carlos Pinho

A minha fé renasce a partir dos sambas que vivo, que ouço e que faço
No samba não há dogma e nem perseguição
O samba é de todos os deuses e de nenhum 
É o amor, sem barreiras nem amarras, cantando por si

E quando estou triste, entregando os pontos de tão cabisbaixo,
É no seu compasso que me refaço
Mais forte, mais sensato, com uma paz sem dimensão
Meu sacro-profano samba, nem sei o que seria de mim sem ti

Por tantas já passei, e os bambas do céu e da terra mal sabem 
As vidas que já salvaram com a sabedoria dos seus versos
E a exatidão dos acordes que parecem comuns

No entanto, dizem mais que sermões imersos
Nas profundezas do ódio; nem mantras, tampouco orações foram além
Somente o samba tocou minh’alma e, com uma voz materna... 

Foi capaz de ensinar que esse coração não é reles, 

nem tão-somente mais um.


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