Por Gabriel
Cardoso
Salve,
Nação! Não poderia haver uma conjuntura melhor do que a atual para escrever
sobre o Mengão. Campeão da Copa do Brasil, melhor time do Rio de Janeiro na
temporada e, de quebra, classificado para disputar uma tal de “Libertadores da
América” no ano que vem. Pois é! Podem secar, chorar, espernear, nos tirar
quatro pontos, mas não adianta. É indiscutível que o Flamengo se superou mais
uma vez e provou a sua grandeza. Tropeçamos no campo, mas voltamos a ficar de
pé nesse mesmo campo. E tudo isso para coroar a volta por cima de um time
desacreditado, dado como morto pelos rivais e que já chegava ao seu quarto
técnico no ano sem qualquer perspectiva de mudança.
Ainda
assim, precisamos ser sinceros e admitir que apesar de o time ter vencido, com
todos os méritos, a Copa do Brasil, não conseguiu embalar no Brasileirão. Na
Copa do Brasil, a camisa pesou, a torcida entrou em campo, “deixaram chegar”,
contudo, só isso, não será suficiente pra alçar voos mais altos em 2014,
principalmente em uma competição de nível internacional como a Libertadores. A
tradição sempre fala alto, mas é preciso respeitar seus limites. E é inegável
que, em termos de infraestrutura, o Flamengo, bem como os outros cariocas,
deixa muito a desejar. Uma estrutura sólida com uma administração firme seria
meio caminho andado para conquistar títulos. E se o Flamengo já é o que é com
os superpoderes do Manto Sagrado e uma administração regular, imagina o que
poderemos conquistar se o clube se estruturar adequadamente? Felizmente,
algumas mudanças começaram a surgir: maior número de sócios, mesmo que no
embalo da Copa do Brasil, elevação das receitas, controle de gastos e quitação
de dívidas. A gestão de Bandeira de Melo parece estar no caminho certo para
colocar o nosso rubro-negro em seu devido lugar.
Em
contrapartida, certas coisas precisam ser mantidas como estão. Jayme de Almeida
esteve impecável à beira do gramado e deu uma nova cara ao Flamengo, após a
conturbada saída de Mano Menezes; de contrato renovado, é figurinha carimbada
para permanecer na Gávea no próximo ano e responsável direto pelas nossas
alegrias. Jogadores como Elias, Amaral, Paulinho, Wallace e Hernane precisam
ter seus vínculos devidamente regularizados ou estendidos para se manterem no
time, pois são peças-chave em seus setores. E a diretoria precisa pesquisar o
mercado para trazer peças para as laterais, já que, na direita, nosso querido
capitão Léo Moura precisa de uma sombra e, na esquerda, a Avenida João Paulo
foi inaugurada. Precisamos de um meia clássico para dar aquela cadência que
falta na ligação entre o meio e o ataque – e que, de preferência, seja digno de
vestir a 10 do Galinho – e, para fechar, um bom atacante. Nem de longe para substituir
nosso artilheiro, Hernane, mas para compor elenco, já que Marcelo Moreno não
tolera esquentar o banco de reservas, onde estava merecidamente.
E,
claro, é obrigatório que, para o ano que vem, haja um equilíbrio maior no
desempenho das funções: o coração dos jogadores precisa estar sempre na ponta
das chuteiras, mas o dos torcedores não pode ficar vindo à boca em todos os
jogos. Nós não merecemos. Aliás, uma das coisas que percebi enquanto torço pelo
Flamengo é que não tenho problemas cardíacos. Passei por todo tipo de teste em
menos de um semestre neste ano de 2013 e sei que estou preparado para as
competições no ano da Copa. E vocês? Vão separando seus santinhos e aspirinas,
porque mês que vem eu volto. Até a próxima, Nação, e saudações rubro-negras!
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