Por Thiago
Lima
Alô, alô torcida alvinegra! O ano
de 2013 chegou ao fim e temos muito o que comemorar. É certo que não
conquistamos nenhum título de expressão, mas conquistamos mais. Conquistamos,
de volta, o respeito. Chega de piadinhas. Voltamos a nos impor no cenário
nacional, e o melhor, no cenário mundial. Se fora de campo ainda existem vários
problemas, como, por exemplo, na venda do nosso candidato a craque,
Vitinho, dentro dele os jogadores mostraram superação, união e amor ao
Botafogo.
O ano não poderia ter começado de
uma maneira melhor. Mais uma vez, assim como em 2010, conquistamos o
Carioquinha de forma direta, incontestável, inapelável. Final, para quê, se
podemos resolver tudo de maneira mais simples? Com a Taça Guanabara e a Taça
Rio no bolso foi só comemorar. E o melhor de tudo, vencemos mostrando um bom
futebol. Com o nosso craque holandês Seedorf dando um show, desfilando o seu
talento em gramados brasileiros, enchendo os olhos dos amantes do esporte e
nós, botafoguenses de corpo e alma, de orgulho.
Nosso primeiro semestre foi
incrível! Mesmo com os jogadores atuando com salários atrasados, e uma parte da
imprensa tentando criar um ambiente desfavorável, superamos. Nos superamos
porque os atletas, mesmo sem receber, honraram a nossa camisa. Mesmo sem se
concentrar antes dos jogos, honraram os seus compromissos. Fomos vencendo um a
um, todos os obstáculos que foram aparecendo no caminho. Até mesmo o Engenhão
nos foi tirado. Interditado, devido ao risco da cobertura cair, passamos a jogar
todas as partidas “fora de casa”. Mais nem isso nos atrapalhou, não tirou o
nosso brilho, o nosso foco.
Surpreendemos! Chegamos em
setembro com apenas cinco derrotas no ano. Eu disse cinco derrotas em nove
meses! E aí nós, que éramos apenas coadjuvantes, apenas um bom time, passamos a
ser observados, passamos a ser vistos, inclusive, como um dos candidatos ao
título do Brasileirão. Até que veio o primeiro duro golpe: a derrota por 3 a 0
para o Cruzeiro, jogo tido por muitos como a “decisão” do campeonato. Depois
dessa, o Botafogo começou a perder o rumo. Com a saída de alguns jogadores
importantes, e sem reposição, tivemos que contar com os nossos meninos da base,
que se saíram muito bem diante do cenário adverso que começamos a viver. Nosso
ídolo, Seedorf, caiu de rendimento, talvez por culpa do calendário criminoso,
com jogos às quartas e domingos. Mas nada foi pior do que a derrota humilhante
na Copa do Brasil para um Flamengo apenas mediano, que ficou às margens do
rebaixamento no Brasileirão até as rodadas finais. Juntando isso às sucessivas
derrotas em casa para Bahia, Ponte Preta e Grêmio, mesmo que momentaneamente,
lembramos dos fantasmas do nosso passado recente, quando começávamos bem, mas
sempre caíamos nos momentos decisivos.
Mas, em campo, dessa vez, a
história foi outra. Com final feliz! Cavalo Paraguaio? Esqueçam essa história.
Na reta final, voltamos a mostrar a garra de antes e fomos premiados com a vaga
na Copa Libertadores da América, competição que há 17 anos não contava com a nossa
ilustre presença. Até mesmo o twitter oficial da Libertadores nos reverencia e
nos dá as boas vindas com as seguintes palavras: “Um gigante do continente está
de volta!”. E é isso. O gigante alvinegro, que carrega uma estrela solitária no
peito renasceu. Ano de 2013, o 13 de Zagalo. E que venha 2014! Esperança
renovada, novos desafios e um cheirinho de título no ar.
Antes de me
despedir, é preciso reverenciar a nossa
“enciclopédia”. Perdemos o grande ídolo Nilton Santos. Foi brilhar no céu e, de
lá, olhar pelo nosso Glorioso aqui embaixo.
Até a próxima. Saudações
Alvinegras!
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