Por Rufino Carmona
Tive o imenso e inenarrável
prazer de assistir, do início ao fim, na Globo (terminou às 4h20 da madrugada
de hoje) "Sociedade dos Poetas Mortos", o maior filme de Robin
Williams e o filme que mais marcou a minha vida e que certamente marcou a vida
de muitas pessoas ao redor desse mundo. Para quem não acredita em nada além da
matéria, eu tenho muitos relatos de coisas que transcenderam à carne na minha
própria vida e hoje tive mais uma.
Fui acordado, como que "por
encanto", exatamente no segundo que iria começar o filme na Rede Globo.
Fui dormir por volta de 23h e acordei pouco depois das 2h da madrugada. Liguei
rapidamente a TV, porque sabia que iria passar o filme. Não esperava
assisti-lo, mas, já que acordei, não me custava nada ver em qual parte estava.
E, para minha surpresa, estava começando naquele exato momento. Agradeço a Deus
a possibilidade de tê-lo visto mais uma vez.
É claro que eu poderia buscá-lo
em uma locadora. Mas, como a vida sempre nos leva a fazer mil coisas antes do
que planejamos, certamente também eu não iria nessa locadora pegar o filme é
nunca. Então, quem me acordou naquele momento, quem quer que tenha sido, eu
agradeço do fundo do meu coração, porque é uma história que mexe com os nossos
neurônios e com os nossos sentimentos mais profundos, apesar de se passar
praticamente toda dentro de um colégio interno de meninos.
Uma linda história de amor à arte
desse ator que nos deixou, na última segunda-feira, por livre e espontânea vontade,
vítima que era de um estado de profunda depressão. Logo no iniciozinho de
"Sociedade dos Poetas Mortos", Robin Williams, o capitain, my capitain, modo pelo qual os garotos, seus alunos, o chamavam, mostrou várias
fotos de turmas do passado daquele mesmo colégio, enfatizando, para aquelas
almas ainda tão jovens, a importância de se viver aquele dia como se fosse o
primeiro dia e também como se fosse o último dia. É a primeira vez, no filme,
que é usado o termo em latim "Carpe Diem", que significa aproveite o
dia. Na cena, Robin chega a dizer para os moleques que aqueles garotos das
fotos tão potentes, tão cheios de hormônios, hoje em dia não passam de pó.
Parece que falava para ele próprio. E certamente falava mesmo.
Nesse mesmo filme, uma grande tragédia,
semelhante ao fim trágico de Robin, também se desenrola, mostrando que, muitas
vezes ou quase todas as vezes, a vida imita a arte. Muito obrigado Robin
Williams por ter protagonizado o melhor filme, na minha modesta opinião, de
todos os tempos. Viva a Sociedade dos Poetas Mortos!
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