Brasil rumo às
medalhas em astronomia e astrofísica
Cinco estudantes brasileiros do ensino médio
viajam, essa semana, para a cidade de Magelang, na província de Java Central,
na Indonésia. Eles vão em busca das medalhas do conhecimento na IX Olimpíada
Internacional de Astronomia e Astrofísica (IOAA, na sigla em inglês), que
acontece entre os dias 26 de julho e 4 de agosto.
A nossa seleção é formada pelos alunos
Carolina Lima Guimarães (Vitória, ES), Felipe Roz Barscevicius (Sorocaba, SP),
João Paulo Krug Paiva (Curitiba, PR), Pedro Henrique da Silva Dias (Porto
Alegre, RS) e Yassin Rany Khalil (Primavera do Leste, MT). Os líderes do grupo
são os astrônomos Gustavo Rojas (UFSCar) e Eugênio Reis (MAST/RJ).
Preparação
Antes da viagem, os jovens participaram de
uma série de treinamentos. Eles estudaram com especialistas no Observatório
Abrahão de Moraes, do Instituto de Astronomia,
Geofísica e Ciências Atmosféricas (IAG) da Universidade de São Paulo
(USP). Depois, conheceram e aprenderam mais sobre a disciplina no Laboratório
Nacional de Astrofísica (LNA), em Brazópolis (MG). As aulas tinham como
objetivo intensificar a preparação dos alunos diante das provas.
Nessa última semana, eles se reuniram no Planetário
Johannes Kepler, situado no Sabina Escola Parque do Conhecimento, em Santo
André (SP). Esse encontro serviu para testar os conhecimentos de astronomia no
planetário, onde foram simuladas as condições observacionais que encontrarão na
Indonésia.
Além dos alunos e líderes da equipe,
participaram desse último treinamento os professores Marcos Calil e Daniel
Soler (Sabina), Julio Klafke (Colegio Objetivo-SP), Thiago Paulin (Colégio
Etapa-SP) e Ednilson Oliveira (Colégio Santa Maria-SP).
Na olimpíada anterior
A edição de 2014 foi na
cidade de Suceava, Romênia. Além de receber duas medalhas de bronze e três
menções honrosas, a delegação brasileira conquistou a inédita medalha de prata
na prova por equipe.
Como participar
Para ter a oportunidade de estar em uma
destas equipes internacionais, o candidato precisa, primeiramente, de uma
excelente pontuação na prova nacional da OBA. Em seguida, é preciso participar
de provas seletivas online. E, finalmente, caso seja classificado, o estudante
realiza uma prova final presencial.
Depois de todo esse processo, os selecionados
para compor as equipes realizam treinamentos intensivos, onde aprendem a operar
telescópios, a construir foguetes e bases de lançamento e aprimoram seus
conhecimentos de Astronomia.
Organização
A IOAA é reconhecida pela União Astronômica
Internacional (IAU, na sigla em inglês). A organização exige que cada país se
comprometa a sediar uma edição da olimpíada, arcando com todas as despesas
relativas ao evento, podendo receber apoio de diferentes setores da sociedade.
Já a OLAA é coordenada por astrônomos brasileiros, argentinos, uruguaios e de
outros países da América Latina. Acontece desde 2009, quando foi fundada na
cidade de Montevidéu, no Uruguai. A OBA é organizada por uma comissão formada
por membros da Sociedade Astronômica Brasileira (SAB) e da Agência Espacial
Brasileira (AEB).
Site oficial da Olimpíada Brasileira
de Astronomia e Astronáutica (OBA)
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