terça-feira, 1 de março de 2011

Ser carioca


Por Ribamar Filho

Hoje, o Rio de Janeiro completa 446 anos. Bem, eu não sou carioca da gema, mas me considero um carioca de coração. Vim para o Rio com oito anos, até então só tinha a visão que muitos têm da cidade: o Cristo Redentor, a praia de Copacabana e o carnaval no sambódromo. Neste ano de 2011, faz 17 anos que moro aqui e posso dizer que o carioca e sua cidade estão além dos cartões postais e do Cristo. O Rio e seus habitantes são hospitaleiros, felizes, “maneiros” e cheios de boas surpresas para oferecer. Claro que, como em toda grande cidade, existem os problemas, mas aqui vou dar ênfase ao que há de belo.

Não é à toa que a cidade foi escolhida para sediar as Olimpíadas de 2016. As belezas naturais se juntam ao abraço do Cristo Redentor e à união dos bondinhos do Pão de Açúcar. Cheguei ao Rio em 1994 e fui para Realengo, Zona Oeste da cidade, próximo a Vila Vintém. Lá, descobri o bom funk carioca, o “carioquês”, que aprendi aos poucos, e o time que torço até hoje, o Botafogo.

Na cidade maravilhosa, os seus bairros têm histórias e características particulares, que juntos formam este cartão postal do Brasil. Vila Isabel é o berço de muitos bambas do samba, dando uma passadinha pelo Maracanã, que abriga o estádio de mesmo nome e de clássicos cheios de emoção como o FLA X FLU. Passando pelo centro, no Estácio, onde fica a passarela do carnaval carioca, chegamos até a Lapa, onde a boemia e todas as tribos se encontram para bater um papo e curtir boa música, tendo como pano de fundo a beleza dos Arcos da Lapa. A Lapa, que fica junto ao Centro do Rio, o coração da cidade, onde se encontram tudo e todos.

Em direção à Zona Sul, passamos pelas praias do Flamengo, que faz parte de uma época boa da minha infância e Botafogo, que faz parte de um presente meu bastante ativo, e chegamos a um dos cartões postais cariocas: a praia de Copacabana, com suas famosas calçadas, nas cores branca e preta, que remetem às ondas do mar e a estátua de Carlos Drummond de Andrade, que não tirem os seus óculos, por favor! Andando mais, chegamos a Ipanema, famosa por ser berço da bossa nova. Quem não lembra de “Garota de Ipanema”? E chegamos então ao famoso Leblon, das novelas de Manoel Carlos, grande paixão minha em particular. Há pouco mais de três anos conheci a Barra da Tijuca. Foi para lá que a cidade se expandiu: praias, cinemas, shoppings e muitos investimentos para o futuro.

Saindo da Barra, volto à Tijuca, bairro onde fica a MercadoCom. Próximo de tudo: do Centro, da Zonal Sul e fincado no extremo da Zona Norte. Eu, que me sinto um carioca, morador do Estácio e um apaixonado, arriscado até de morrer de amor... no Estácio.



Chico Buarque e sua poesia, em forma de música, Carioca.
Ele mostra, como ninguém, o amor ao Rio de Janeiro.

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