terça-feira, 1 de março de 2011

Elas viram a cara da morte, mas sobreviveram

Por Rufino Carmona

Eu não vejo o programa da Ana Maria Braga. Não por preconceito. É que a essa hora da manhã geralmente estou ligado nos vários noticiários. Confesso que sou louco por noticiários. Chego a ver matérias repetidas.

Mas voltando a nossa querida Ana Maria, queria muito ter visto, essa manhã, o programa dela. Mas me esqueci. Estava ligado nos noticiários. Era sumamente importante vê-la ao lado da nossa presidenta para mim. Não por ela nem pela nossa presidenta em si, mas pela história que ambas viveram na luta contra o câncer. Elas duas viram a cara da morte, como tantas pessoas veem ao lidarem com esse diagnóstico.

Eu, apesar de nunca ter recebido esse diagnóstico, lutei também contra o câncer, com todas as minhas forças, junto com minha mãe, que, na época (1986), não dispunha de tantas armas quanto tiveram essas duas mulheres que apareceram juntas hoje na telinha da Globo.

Minha mãe sucumbiu diante da famigerada doença (a ele, ao câncer, todo o meu desprezo). Foram quatro anos intermináveis de luta. Desde a retirada de um seio, o que, para a mulher é praticamente um fim antecipado, ate a morte. Não desejo a ninguém o que eu e ela passamos. Imagino as dores que sentiu. Muitas delas eu senti junto. E a sensação de impotência diante do famigerado não é mole.

Essas duas mulheres, a Ana e a Dilma, meio que vencem essa batalha para mim e para minha querida mãe. Elas duas apaziguam um pouco o meu coração, que vive partido desde o diagnóstico que recebemos em meados da Copa do Mundo de 1986 e sua morte dias antes da Copa do Mundo de 1990.

Saudades, mamãe!

Muito obrigado Ana e Dilma!



Vídeo do café da manhã da presidenta Dilma Rousseff com Ana Maria Braga

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