sexta-feira, 3 de junho de 2011

Tim Lopes


Por Carlos Pinho

Ontem, há nove anos, morria Tim Lopes. Repórter destemido, desafiava a própria sorte pela informação em polêmicas matérias que denunciavam o poder paralelo imposto pelo narcotráfico nos morros cariocas.

Em 2001, venceu o prêmio Esso por sua reportagem “O feirão das drogas”, exibida na Rede Globo de Televisão, onde trabalhava desde 1996. No entanto, em 2 junho de 2002, enquanto apurava uma denúncia sobre um baile funk da Vila Cruzeiro que promovia a exploração sexual infantil e a venda de drogas, foi descoberto pelos traficantes, que o mataram com requintes de crueldade.

A repercussão do caso foi enorme e Tim, postumamente, ganhou uma fama nunca imaginada em vida. O governo do Rio de Janeiro, pressionado pela imprensa e pela opinião pública, iniciou uma verdadeira caça ao seu assassino, Elias Maluco, bem como aos seus comparsas.

O repórter então que tanto escondia a sua identidade e que via o seu nome, muitas vezes, passar despercebido pelos telespectadores nos noticiários, jamais saiu da memória do povo brasileiro.

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