Rufino Carmona
Eu senti muito orgulho de mim mesmo no último domingo ao levar o meu carro para ser vistoriado no Detran. Antes que achem que sou algum Chico Xavier ou alguma Madre Teresa de Calcutá, quero deixar claro que estou muito longe disse. E como estou! Mas também dou os meus exemplos.
Ao contrário de muita gente que, antes da vistoria, troca seus pneus com um familiar ou com um vizinho, por exemplo, para passar na vistoria, nunca fiz isso. Sempre fui totalmente contrário. Mas quando marcava a vistoria, sempre via como algo chato, que só me tirava tempo e até podia me fazer gastar dinheiro. Antes de ir ao posto, eu procurava tudo que poderia comprometer a vistoria e tratava de resolver antes. Comprava o que fosse preciso e torcia para que itens mais caros, como os próprios pneus, não fossem rejeitados.
Pois bem, dessa vez foi diferente. Eu saí de casa com a certeza de que estava cumprindo um dever muito importante para comigo mesmo, para com a minha família e para com a sociedade. Fiz a vistoria para saber se meu carro estava poluindo o meio ambiente e se estava seguro para eu dirigir. Então, não me importei em ver nada antes. Queria que eles me dissessem como estava o meu automóvel. Se estivesse em boas condições, ótimo. Mas se tivesse que fazer alguma coisa, tudo bem. Melhor saber e resolver do que correr riscos.
E aconteceu a segunda hipótese. Sem eu saber, veja bem, meu extintor, que tinha validade até 2013, estava vazio. Eu não havia usado. Mas meu carro permaneceu algum tempo numa oficina. Lá, eles devem tê-lo trocado ou mesmo usado. Mas o erro deles não justificaria eu continuar com o extintor daquele jeito, até porque quem correria risco seria eu próprio e minha família.
E os dois pneus traseiros já não estavam em condições de uso também. Vou comprar dois pneus novos e colocá-los na frente. Os da dianteira, vou pôr na traseira e ainda fazer alinhamento, cambagem e balanceamento. De que adiantaria eu ter trocado meus pneus traseiros com meu irmão, por exemplo, se depois eu teria que recolocá-los novamente no meu carro, correndo riscos de derrapagem ou outras coisas piores?
Enfim, me senti muito bem ao sair do posto, mesmo tendo que voltar até a próxima sexta-feira com esses itens resolvidos. Como disse no ínicio, não sou nenhum santo. Parece apenas que estou me respeitando mais e respeitando mais a sociedade também. Quem ganha com isso sou eu mesmo.
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