quarta-feira, 10 de agosto de 2011

Crédito mais caro


Por Rufino Carmona

Prometi, na semana passada, eleger um tema de finança pessoal e discorrer sobre ele a cada quarta-feira aqui nesse espaço. Mas como a fragilidade da economia global ficou tão marcante após o rebaixamento da nota da dívida dos Estados Unidos, na última sexta-feira, não tenho como falar de qualquer outro assunto.

Antes que você estremeça aí do outro lado, não vou entrar em detalhes sobre o rebaixamento da nota americana. Minha intenção é me ater somente a um único e importante ponto: sempre quando o mundo passa por alguma crise, como essa de agora, começa a existir a chamada aversão a risco. Traduzindo: os capitais começam a procuram portos mais seguros pelo mundo e desistem de correr riscos, pelo menos por algum tempo.

A tendência então é que o crédito fique mais escasso e sobretudo mais caro. Ou seja, a hora não é das melhores para você pegar um empréstimo, porque os juros estarão mais altos. E nem é hora também para fazer grandes compras, ainda mais com muitas parcelas. A indefinição por que passa o mundo dá ao empresário uma sensação de desconforto e ele fica com receio de investir. Com isso, mesmo que por pouco tempo, a economia dá uma certa parada. Conclusão: o risco de se perder o emprego aumenta.

Tudo bem que o Brasil, como já ressaltou a presidenta Dilma, está mais preparado do que na crise de 2008. E olha que até passamos muito bem por ela em vista de outros grandes países que, até hoje, nem conseguiram se firmam novamente. Mas como gato escaldado tem medo de água fria, é melhor não corrermos risco, não acha?

O melhor mesmo é segurar um pouco o consumo e não fazer nenhum empréstimo, pelo menos nessas duas primeiras semanas, só para sentir como vai se desenrolar a crise, principalmente aqui dentro do nosso país.

E torçamos para que os Estados Unidos e a Europa resolvam, com agilidade e de forma adequada, seus graves problemas fiscais.

Gente, na semana que vem eu volto a falar sobre um tema mais relacionado ao seu dia a dia financeiro. Até lá!

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